25 de novembro, os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres e o Instituto Noos
Por Carlos Eduardo Zuma
Sócio-Fundador do Instituto Noos
2018. Mais um novembro, mais um ano da Campanha dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. Mais um ano em que o Instituto Noos está envolvido nessa importante missão!
16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres é uma campanha internacional que começa no dia 25 de novembro, dia instituído pela ONU em 1999 como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, e vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. No Brasil a campanha é iniciada em 20 de novembro, incorporando o Dia da Consciência Negra, e inclui o dia 6 de Dezembro, dia da Campanha do Laço Branco, como o dia de mobilização dos homens pelo fim da violência contra as mulheres.
Esse dia, 6 de Dezembro, foi incluído no calendário oficial brasileiro com a participação do Instituto Noos, atuante, à época, na Rede de Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, responsável pela Campanha Brasileira do Laço Branco – Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
Naqueles primeiros momentos de instituição não tínhamos a intenção de trabalhar com essa causa que nos projetaria tanto nos anos seguintes. Mas, ao atendermos as famílias que nos chegavam, mesmo com demandas iniciais diversificadas, começamos a perceber uma recorrência no tema da violência, seja aquela ocorrida no casal, ou entre pais e filhos ou entre irmãos. Foi uma questão de tempo nos debruçarmos nos estudos desse fenômeno e das práticas de atuação e prevenção que estavam sendo experimentadas no mundo.
Posso afirmar, hoje, que o Noos tem, pelo menos, duas marcas bem fortes: a divulgação da visão sistêmica e de suas práticas sociais, com suas publicações, cursos e eventos, e o trabalho de enfrentamento ao fenômeno da violência intrafamiliar e de gênero.
Nessa conjugação não poderíamos deixar de olhar a família e a sociedade como um todo e não poderíamos deixar de atuar em práticas que envolvessem famílias e adotarmos uma perspectiva de gênero. Mas, naquele momento inicial da instituição, foi ousado propor trabalhar com famílias em situação de violência. Foi mais ousado ainda propor trabalhar com homens que tinham agredido mulheres, em Grupos Reflexivos de Gênero (estamos falando em um momento anterior à Lei Maria da Penha), foi também ousado participar da Campanha Não Bata, Eduque, pelo fim dos castigos corporais e humilhantes contra crianças e adolescentes. Enfim, hoje, pelo mapeamento que fizemos em 2014, localizamos cerca de 25 serviços de atendimento a homens autores de violência no Brasil, cumprindo o que prevê a Lei Maria da Penha.
Muito me encanta a possibilidade de ver, hoje em São Paulo, o Instituto Noos retomar sua atuação no enfrentamento da violência intrafamiliar e de gênero, oferecendo o Curso para facilitadores de Grupos Reflexivos de Gênero; mas desejo que possa ter, em um futuro próximo, uma contribuição ainda mais significativa nessa área. Em especial, na possibilidade de prevenirmos a violência de gênero, em todas as suas manifestações.
Por Carlos Eduardo Zuma
Sócio-Fundador do Instituto Noos
2018. Mais um novembro, mais um ano da Campanha dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. Mais um ano em que o Instituto Noos está envolvido nessa importante missão!
16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres é uma campanha internacional que começa no dia 25 de novembro, dia instituído pela ONU em 1999 como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, e vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. No Brasil a campanha é iniciada em 20 de novembro, incorporando o Dia da Consciência Negra, e inclui o dia 6 de Dezembro, dia da Campanha do Laço Branco, como o dia de mobilização dos homens pelo fim da violência contra as mulheres.
Esse dia, 6 de Dezembro, foi incluído no calendário oficial brasileiro com a participação do Instituto Noos, atuante, à época, na Rede de Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, responsável pela Campanha Brasileira do Laço Branco – Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
Naqueles primeiros momentos de instituição não tínhamos a intenção de trabalhar com essa causa que nos projetaria tanto nos anos seguintes. Mas, ao atendermos as famílias que nos chegavam, mesmo com demandas iniciais diversificadas, começamos a perceber uma recorrência no tema da violência, seja aquela ocorrida no casal, ou entre pais e filhos ou entre irmãos. Foi uma questão de tempo nos debruçarmos nos estudos desse fenômeno e das práticas de atuação e prevenção que estavam sendo experimentadas no mundo.
Posso afirmar, hoje, que o Noos tem, pelo menos, duas marcas bem fortes: a divulgação da visão sistêmica e de suas práticas sociais, com suas publicações, cursos e eventos, e o trabalho de enfrentamento ao fenômeno da violência intrafamiliar e de gênero.
Nessa conjugação não poderíamos deixar de olhar a família e a sociedade como um todo e não poderíamos deixar de atuar em práticas que envolvessem famílias e adotarmos uma perspectiva de gênero. Mas, naquele momento inicial da instituição, foi ousado propor trabalhar com famílias em situação de violência. Foi mais ousado ainda propor trabalhar com homens que tinham agredido mulheres, em Grupos Reflexivos de Gênero (estamos falando em um momento anterior à Lei Maria da Penha), foi também ousado participar da Campanha Não Bata, Eduque, pelo fim dos castigos corporais e humilhantes contra crianças e adolescentes. Enfim, hoje, pelo mapeamento que fizemos em 2014, localizamos cerca de 25 serviços de atendimento a homens autores de violência no Brasil, cumprindo o que prevê a Lei Maria da Penha.
Muito me encanta a possibilidade de ver, hoje em São Paulo, o Instituto Noos retomar sua atuação no enfrentamento da violência intrafamiliar e de gênero, oferecendo o Curso para facilitadores de Grupos Reflexivos de Gênero; mas desejo que possa ter, em um futuro próximo, uma contribuição ainda mais significativa nessa área. Em especial, na possibilidade de prevenirmos a violência de gênero, em todas as suas manifestações.