OBJETIVO GERAL:
Oferecer experiências de diálogo colaborativo aos trabalhadores da rede socioassistencial de modo a construir e fortalecer as práticas de proteção e cuidado necessárias aos seus atores e ao bom funcionamento da rede.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Facilitar a escuta sensível que contemple as diferenças de saberes.
- Viabilizar processos em que se possa refletir sobre as práticas da rede socioassistencial considerando os contextos complexos, críticos e conflituosos.
- Produzir aprendizado a partir da experimentação do diálogo considerando a realidade de trabalho dos participantes.
JUSTIFICATIVA:
A Assistência Social é um dos eixos de um tripé composto também pela Saúde e Previdência Social, eixos esses que sustentam a Seguridade Social no Brasil. A particularidade da Política da Assistência Social, diferente da Saúde que é universal, e da Previdência que é contributiva, é que se destina a quem precisa. A Assistência Social é composta de órgãos e serviços cujo atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade, assim como crianças e adolescentes em acolhimento institucional, se constitui num espaço de grande complexidade. Sua concretização demanda a interação interdependente e colaborativa de muitas instituições e serviços. O desafio interpõe-se aí quando se considera que tais locais são feitos por pessoas, com pessoas e para pessoas, exigindo interação e uma abertura para diferenças e saberes que nem sempre estão formalizados e muitas vezes são discordantes. Frente a essa complexidade, que é intrínseca e necessária a toda Política Social, o que domina, muitas vezes, ao invés de soluções complexas para problemas complexos, são as divergências de opinião diante da diversidade de olhares em que cada pessoa dessa rede está imersa, compondo um terreno conflituoso e desgastante.
Considerando este contexto, o exercício do diálogo colaborativo torna-se uma ferramenta potente para facilitar a concretização de fato da rede socioassistencial, o que consequentemente produz cuidado dos atores envolvidos nessa rede, uma vez que as situações sociais críticas são enfrentadas conjuntamente e não isoladamente/individualmente. Destaca-se que uma atuação a partir de uma perspectiva colaborativa e dialógica produz proteção social e saúde não só para os usuários, mas também aos seus trabalhadores.
DOCENTES:
Anita Machado
Psicóloga formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), especialista em Terapia de Família pelo Instituto de Terapia e Centro de Estudo da Família (INTERCEF-PR) e Mestre em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela USP-SP. Trabalha como consultora em projetos e programas sociais voltados para execução e fortalecimento de políticas públicas nos campos da Assistência Social e Saúde.
Maria Luiza Bambini Vasconcellos
Pedagoga, especialista em Primeira Infância pela PUC-SP, em Princípios de Gestão para Organizações do 3º. Setor pela FGV-SP e em Terapia Familiar e de Casal pelo Sistemas Humanos-SP, exercendo atividades na área de Educação, Projetos Sociais e Clínica, com famílias e casais.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
O programa deverá se desenvolver em torno dos conceitos de diálogo (Bakhtin e Vygotsky), assim como a visão de diálogo como processo relacional e colaborativo (Anderson, H.), alternando conceitos e experiências próprias no exercício dialógico, assim como aportes teóricos e discussões de caso, isto é, honrando o conceito de que o diálogo se faz nele próprio e não a partir de ideias prontas e acabadas, construir um percurso discutindo casos e buscando saídas em conjunto a partir de um disparador teórico trazido pelas organizadoras.
ESTRATÉGIAS:
- Buscar a construção de grupalidade a partir da inclusão e escuta sensível de todos os presentes;
- Utilizar relatos de casos que evidenciem o percurso institucional de crianças, adolescentes e suas famílias e as práticas presentes por diferentes atores da rede de modo a favorecer reflexão sobre seus processos de trabalho;
- Trazer texto(s) e recursos audiovisuais que alimentem a reflexão a respeito do que significa uma prática dialógica colaborativa colhendo as dificuldades que o público vivencia para torná-las factíveis;
- Oferecer disparadores vivenciais que facilitem a experiência dialógica com as práticas de cuidado;
- Disponibilizar ferramentas que favoreçam o valor das narrativas heterogêneas, complexas e sensíveis das práticas socioassistencais.
DESTINADO A:
Creas /Cras/ Conselhos Tutelares/ Equipes Técnicas de Instituições de Acolhimento.
DURAÇÃO: Um Semestre com 6 encontros de 3 horas.
CARGA HORÁRIA: 18h
DATAS: 25/03, 08 e 22/04, 06 e 20/05, 10 e 24/06
HORÁRIO: das 9.30 às 12.30h
NÚMERO DE VAGAS: 20 participantes
INVESTIMENTO: 3 parcelas de R$150,00 – a primeira na inscrição
OBS: As estratégias poderão ser alteradas e/ou aprimoradas dependendo da possibilidade do curso acontecer presencial ou remotamente.
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